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politicaxix

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05.Mar.05

BE e a cultura Árabe: Coerência procura-se

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Bin Laden é o ídolo do povo Árabe



Sempre que se aguçam as discussões sobre o aborto, o pregador Francisco Louçã e o seu séquito são useiros e vezeiros em classificar os oponentes da despenalização como retrógrados e medievais. Em sua opinião, trata-se de um desrespeito pelos direitos das mulheres, e este é suficiente para justificar tais adjectivos.
Mas que dizer dos direitos das mulheres no mundo Árabe? As mulheres, muito simplesmente, são tratadas como objectos. Uma mulher pode ser comprada ou trocada por camelos, qualquer homem pode possuir um harém com várias mulheres, tudo dependendo da sua capacidade financeira. Os cintos de castidade ainda não foram abolidos no mundo Árabe e ainda há mulheres obrigadas a usá-los. Nos países Islâmicos mais avançados, onde já há eleições, naturalmente que as mulheres não têm o direito de votar. A Turquia neste aspecto é uma excepção, mas questões como o aborto, estão obviamente banidas da agenda de discussão. Em plena Europa no Século XXI, jovens mulheres continuam a ser assassinadas pelos seus familiares quando se afastam dos preceitos muçulmanos (os chamados crimes de honra), ou, como na Albânia, são obrigadas a casar-se com homens escolhidos pela família e que elas nunca sequer viram.
Se uma simples discordância sobre uma questão menor como aborto é suficiente para justificar os epítetos de retrógrados e medievais, que dirá o BE quando se tratam as mulheres como animais? Aparentemente, o BE apenas poderia classificar as atitudes dos Árabes em relação às mulheres como jurássicas, paleolíticas ou do tempo do Trotskismo. Mas não. Falando-se de Árabes muda-se imediatamente a cassete. O Primeiro Ministro italiano Berlusconni cometeu o erro de se referir à cultura Árabe como estando atrasada em relação à Ocidental e logo o apelidaram de xenófobo. Afinal, não foi o próprio pregador Louçã que definiu como “atrasada e medieval” uma sociedade onde o aborto não é livre? No mundo Árabe o aborto não é livre... Onde está a coerência?

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