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politicaxix

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07.Mar.05

O nascimento do monstro

Corria o ano de 1999. No rescaldo de mais umas eleições legislativas, o líder vitalício do PSR, o trotskista Francisco Louçã, lamentava o facto de não ter conseguido o lugar de deputado por uma unha negra. Foi então que tomou a decisão de criar a aberração que viria a manchar a história da democracia Portuguesa do pós-25 de Abril. Convocou uma reunião do comité central do PSR, que aliás nem era necessária pois as decisões do partido eram tomadas segundo o modelo da boa tradição Comunista, isto é, o líder decide e os outros bico calado.

nascimento2.jpg



Para a posteridade, aqui fica o registro de tudo o que ocorreu nessa célebre reunião onde se sentenciou o nascimento do monstro. O líder vitalício Francisco Louçã e Ana Drago, na altura ainda pita, são os principais intervenientes.


F. Louçã: Camaradas, tomei a liberdade de tomar uma importante decisão em nome do partido: vamos fazer um aborto.

A. Drago: Que bom, adoro fazer abortos, adoro fazer abortos! Gosto quase tanto de fazer abortos como de brincar com as barbies.

F. Louçã: Não é um aborto desses... vamos abortar o projecto trotskista... e vamos criar um projecto trotskista não assumido. Um projecto pseudo-trotskista. Bastam-me poucos milhares de votos para que eu chegue a deputado e possa assegurar uma reforma dourada. Vamos endrominar a UDP e o Política XXI e conseguiremos os votos necessários.

Todos: ohhhhhhhh

F. Louçã: O corpo será o do PSR. O cérebro, será o do política XXI.

A. Drago: Mas o que está na mente do Política XXI?

F. Louçã: Nada.

A. Drago: ohhhh.

F. Louçã: E as garras serão as da UDP, habituada a revoluções e actos terroristas. Tomei esta a decisão por unanimidade.

A. Drago: Vamos votar o aborto do PSR?

F. Louçã: Votar? A menina Drago está a usar uma linguagem perigosamente reaccionária. Olhe que na Sibéria faz frio...

A. Drago: Pronto. Então vamos lá coser todos esses bocados de ideologias dispersas. E como vamos chamar a este bloco incoerente de movimentos esquerdistas: Aborto de Esquerda?

F. Louçã: Qualquer coisa assim, depois se verá.

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