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politicaxix

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18.Jul.05

Tony Blair, um D. Quixote dos tempos modernos

Os recentes atentados terroristas em Londres deixaram todos os “opinion-maker” politicamente correctos europeus à beira de um ataque de nervos. De um momento para outro, viram desmoronar-se todos os seus sofismas tão ardilosamente construídos sem que dispusessem sequer de tempo para se adaptar a uma nova realidade.

Os terroristas “não eram pobres, não sofreram nunca qualquer tipo de discriminação ou humilhação e não estavam “desintegrados” em relação à sociedade” lamentava-se uma pobre jornalista britânica. Todos os argumentos até aqui sistematicamente utilizados para desculpabilizar os elementos pertencentes a minorias étnicas envolvidos em actividades criminosas estavam assim excluídos. Toda uma teoria caía pela base sem que houvesse sequer tempo para a tentar remendar, encontrado por exemplo qualquer desculpa que imputasse a responsabilidade dos actos terroristas à sociedade Ocidental. Restava limitar os danos rescrevendo a História. Para a BBC não houve terrorismo nem terroristas, termos demasiado associados ao fundamentalismo Árabe. Houve sim uns ataques criminosos levados a cabo por um grupo de bombistas. Aliás, há já algum tempo que a imprensa britânica vinha ensaiando esta nova linguagem politicamente correcta para grande irritação dos Israelitas. Os terroristas palestinianos são agora designados por “activistas”, e os ataques terroristas designados por “iniciativas”.

Os conflitos étnicos e raciais no Reino Unido não são novos, porém os sucessivos governos, até agora, sempre tinham encontrado a receita para os controlar: Repressão sobre a população branca e uma feroz discriminação racial favorável às minorias. Por exemplo, foi criada uma lei que pune com pena até dois anos de prisão uma pessoa que faça referência à raça ou origem étnica de alguém. Naturalmente que esta lei é apenas para aplicar se a referência for feita às minorias étnicas. A nenhum Inglês lhe passaria sequer pela cabeça fazer queixa à polícia de que alguém o chamou Inglês. Uma enfermeira africana viu-se milionária de um momento para o outro, quando uma mãe não permitiu que ela tratasse do seu filho recém-nascido (indemnização paga pelo Serviço Nacional de Saúde). A BBC atribuíu às minorias étnicas uma cota de 20% nos seus quadros, valor muito superior à percentagem oficial de população pertencente a minorias étnicas. Um mesmo espaço público é cedido aos muçulmanos para celebrar o Ramadão mas não aos Cristãos para celebrar o Natal. Os cartões de boas festas de Natal foram proibidos de circular fora de envelopes fechados para não melindrar os muçulmanos.

Quando em 2002 as minorias étnicas causaram graves distúrbios em várias cidades, Oldham, Leeds, Bradford, etç, agredindo brancos, saqueando as suas lojas, incendiando automóveis, provocando o pânico e a destruição, o governo reagiu da forma habitual: não puniu os criminosos e estes foram ainda premiados com mais subsídios de integração. Agora, o governo simplesmente não sabe que fazer. Limita-se a desculpar a comunidade Árabe dizendo que estes, na sua maioria, são cidadãos exemplares, tão exemplares como o eram os terroristas antes de cometer os ataques.


E é assim que Tony Blair se lança numa batalha perdida contra o terrorismo qual D. Quixote contra os moinhos de vento. E a batalha está perdida porque Blair se recusa a identificar o inimigo, e ao mesmo tempo, para o apaziguar, concede-lhe cada vez mais meios. E o inimigo é precisamente a comunidade Islâmica que Blair tem no seu quintal, uma comunidade que não se cansa de produzir terroristas em série. A explicação é muito simples:


Uma população produz distribuições normais em relação às características dos indivíduos. Por exemplo, no que diz respeito à altura a maioria dos indivíduos possui uma altura próxima da média mas é inevitável que existam também indivíduos muito altos e muito baixos,

altura.jpg
Distribuição normal da altura de uma população

O princípio que rege o comportamento da comunidade Islâmica (ou qualquer outra comunidade) é exactamente o mesmo. Neste caso, é uma comunidade em que a maioria dos seus elementos detesta o mundo Ocidental e, como tal, o aparecimento de terroristas no seio desta comunidade é inevitável.

comislam.jpg
Distribuição normal do comportamento da população da comunidade Islâmica

Esta recente ideia peregrina de Tony Blair, de se aliar aos Árabes para combater o terrorismo só faz mesmo recordar o filme “dormindo com o inimigo”. Tony Blair não está a defrontar os terroristas... está a defrontar as leis da matemática, e o resultado certamente não será famoso.

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