A fórmula foi primeiro descoberta pela indústria discográfica. Meninas jovens, sorridentes e fotogénicas. O facto de não saberem cantar era um pormenor. Assim surgiam as "girls bands" e grandes sucessos de vendas.
O Bloco de Esquerda adaptou a ideia à política, e desta forma umas moças simpáticas vistosas e sorridentes, com destaque para as pioneiras Ana Drago e Joana Amaral Dias, começaram a povoar a Assembleia da República. O facto de serem cabecinhas ocas era um pormenor. O produto vendia e conquistava votos, sobretudo entre a juventude.
Como o PCP copia tudo o que o Bloco de Esquerda faz, em particular os maus exemplos, foram arranjar também umas "cheerladers" para enfeitar as bancadas do parlamento. É neste contexto que surge a deputada Rita Rato, a nova estrela da política nacional, que ontem mesmo brilhou no programa juvenil do Pedro Granger onde mandou uns "sound bites" sobre política no meio de um grupo de adolescentes.
A entrevista que catapultou a Rita para os píncaros da fama foi no entanto esta entrevista. Na ingenuidade das suas vinte e seis primaveras, a novel deputada revela uma completa ignorância sobre os inúmeros crimes cometidos pelo Comunismo, matéria essa, que como muito bem explicou, não foi leccionada no curso de Ciência Política e Relações Internacionais que frequentou.
Agora que a festa do Avante já não rende o que rendia, a Rita bem que se podia juntar às suas camaradas Ana e Joana do Bloco, e porque não também a eurodeputada Marisa, para dar uma mãozinha. Com umas mini-saias, uns decotes generosos, aos saltinhos numa coreografia bem ensaiada, uma nova interpretação desta música seria êxito garantido.