Na transacta semana, fomos presenteados com mais um rocambolesco episódio envolvendo os irreverentes jovens Esquerdistas deste país. Dado que há várias versões do sucedido e todas elas contraditórias, torna-se difícil apurar o que realmente aconteceu. No entanto, terá sido qualquer coisa como o seguinte:
Ao que parece, é usual que um jovem discurse no 25 de Abril, sendo esse jovem escolhido por uma míriade de organições juvenis Esquerdistas, sendo todas as organizações juvenis de Direita democraticamente excluídas do processo.
Segundo parece, os Jovens Socialistas terão proposto para orador o Gato Fedorento Ricardo Araújo Pereira, nome com o qual concordo inteiramente pois trata-se de um completo mentecapto que personifica na perfeição o espírito de Abril.
Porém, e apesar de possuir o perfil ideal, o jovem Ricardo tem uma mancha no seu currículo revolucionário: começou a apreciar restaurantes caros e roupa de marca, tomou consciência que a sua militância no PCP não favorecia a sua imagem, e acabou por abandonar o partido ao mesmo tempo que piscava o olho aos betinhos do Bloco.
Se um partido democrático como o PCP dispussesse dos meios adequados, a esta hora, o mais provável, seria que um dissidente como o Ricardo se encontrasse já a repousar ali para os lados da Ajuda ou do Alto de São João. Assim e dadas as limitações de meios, a JCP indicou o nome do jovem Pedro Frias, apoiado também pela Ecolojovem e pela InterJovem (não é a claque do Inter de Milão mas sim a da Inter Sindical).
Assim o imbróglio terminou com um empate: 3 votos para Pedro Frias (JCP, EcoloJovem e InterJovem) e 3 votos para Ricardo Pereira (JS, BE e UGT que à boa maneira de Sócrates se limitou a uma participação espiritual). Até ver, este ano nenhum jovem irá dizer disparates no dia 25 de Abril.