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politicaxix

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28.Jan.06

Digestão Difícil

Os fieis seguidores de Trotsky ainda não conseguiram digerir o resultado das recentes eleições presidenciais. Para eles a luta continua, e para eles a luta consiste em denegrir a imagem dos opositores, usando o velho método de combate político de tentar associar a imagem dos opositores à Extrema-Direita.

Numa compilação de disparates que ela própria gostaria de ter escrito, Joana Amaral Dias, membro da direcção do BE e apoiante de Mário Soares, encontrou (e transcreveu para o seu blog) quem rotulasse Manuel Alegre de “Ultranacionalista” e Cavaco Silva de “Salazarento”.</p>

O segundo caso,um texto de Carlos Morais José in  Jornal Hoje Macau 20 de Janeiro de 2006, é um verdadeiro exercício de desonestidade intelectual. Falando longo tempo alternadamente de Salazar e de Cavaco Silva embora sem os relacionar, o autor pretende associar a imagem de Cavaco à de
Salazar no subconsciente do leitor, sem que este disso se aperceba. Mais tarde
equipara então Cavaco a Salazar num exercício de retórica, o qual, bem
espremido, mostra apenas que o único ponto em comum que Carlos Morais encontra
entre ambos os estadistas, é o facto de ambos terem desempenhado papeis de grande
destaque no governo de Portugal. Mas para quem é, bacalhau basta.

26.Jan.06

A Joana e os resultados das presidenciais

joanamaraldias.jpg

A mandatária para a juventude da candidatura de Mário
Soares e membro da direcção do Bloco de Esquerda, Joana Amaral Dias,
pronunciou-se finalmente no seu blog “Bichos carpinteiros” sobre os resultados
das eleições presidenciais. Os leitores do referido blog, que ao longo da
campanha eleitoral acompanharam o ritmo frenético a que os textos sobre Cavaco
Silva se sucediam, terão certamente estranhado tão prolongada ausência de textos
da Joana. Há porém duas razões triviais que podem explicar tal ausência: Por um
lado, poderia ser cansaço provocado pelo alucinante ritmo a que a Joana escreveu
sobre Cavaco Silva no período que precedeu as eleições, ou então, poderia mais
simplesmente estar a digerir um grande melão que comeu no Domingo à noite.


Decididamente, a Joana não consegue compreender como é que
havendo dois candidatos tão bons, Mário Soares e Francisco Louçã, o eleitorado
foi votar em Cavaco Silva, Manuel Alegre e até mesmo no comunista Jerónimo de
Sousa. Felizmente que Garcia Pereira se candidatou à última hora, e a esse,
Soares e Louçã não deram a mais pequena chance.


A Joana começa por citar o dirigente do BE Fernando Rosas,
que na sua crónica no “Público” explicou que “a vitória estava perfeitamente ao
alcance da Esquerda
”. Refira-se que a verdadeira vocação de Rosas talvez nunca
tenha sido a de político, mas sim a de treinador de futebol, atendendo à
naturalidade com que explica como é que a sua equipa acabou goleada depois de
ter a vitória perfeitamente ao seu alcance.


Posteriormente, na sua profunda análise, a Joana encontra
as causas para os sucessos de Alegre e Cavaco. Alegre teve sucesso porque falou
e Cavaco teve sucesso porque não falou. Passo a citar, “Manuel Alegre seduziu
votos do PS, do CDS, do BE e de cidadãos descrentes
” e estes “foram na cantiga
de Alegre
”. Mas que grande malandro! Já Cavaco Silva “fez o acomodamento final
na sua mudez
”. Outro grande malandro! Com candidatos assim, é perfeitamente
natural que Soares e Louçã não tenham tido quaisquer hipóteses.


Para terminar, sugiro à Joana que, se quiser ter sucesso na
sua carreira política, siga o exemplo de Cavaco Silva e fale o menos que puder.
É que em boca fechada não entra mosca.

24.Jan.06

Eleições presidenciais - Vencedores e vencidos

getimage.jpg

GARCIA PEREIRA: 0,4% - VENCIDO

Nunca se compreendeu exactamente qual o papel que Garcia Pereira pretendeu desempenhar nestas eleições. Justificou a sua candidatura com o facto da candidatura de Mário Soares ser uma candidatura perdedora. Certo. Mas em que é que uma candidatura sua poderia alterar tal fatalidade? Teve 0,4% dos votos quando tivera 1,5% há cinco anos atrás e é portanto um claro perdedor.
Há no entanto a lamentar a forma como foi claramente discriminado e prejudicado pela Comunicação Social, de uma forma que não é admissível numa democracia séria.



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FRANCISCO LOUÇÃ: 5,3% - VENCIDO

O demagogo Francisco Louçã foi outro dos grandes derrotados da noite. Falhou o seu primeiro objectivo, impedir a vitória de Cavaco Silva, falhou o seu segundo objectivo, conseguir o apuramento para a segunda volta, e ainda ficou claramente atrás do candidato Estalinista, Jerónimo de Sousa. Como se não bastasse, ainda desceu em cerca de 1% a votação conseguida pelo Bloco de Esquerda (cerca de 6,3%) nas últimas legislativas. Cumpriu ainda assim os seus dois objectivos inconfessos, o de angriar receitas para o seu partido e o de perfumar diariamente os telejornais com a sua retórica e o seu populismo demagógico.


jeronimo.jpg

JERÓNIMO DE SOUSA: 8,6% - VENCEDOR

Jerónimo de Sousa é claramente um dos vencedores da noite. Não apenas travou a queda gradual das votações comunistas como ainda ganhou simpatias e subiu cerca de 1% em comparação com a votação da CDU nas últimas legislativas. No confronto directo com o candidato Trotskista, venceu com grande vantagem. É certo que não conseguiu evitar a vitória de Cavaco Silva, mas também é certo que tal responsabilidade não lhe pode ser imputada.



soares10.jpg

MÁRIO SOARES: 14,3% - VENCIDO

A campanha suicida de Mário Soares valeu-lhe uma dupla derrota. Foi esmagado por Cavaco Silva e foi esmagado pelo enjeitado do PS, Manuel Alegre. Os 14% conseguidos por Mário Soares corresponderão a pouco mais que ao aparelho do PS, o que é esclarecedor quanto à nulidade do candidato. Alguém com um passado como o seu escusava de terminar a sua carreira desta forma humilhante, e se o candidato já não possuia lucidez para efectuar uma avaliação correcta das suas actuais capacidades, alguém o deveria ter feito por ele.



alegre.jpg

MANUEL ALEGRE: 20,7% - VENCEDOR

Manuel Alegre, apesar de não contar com o apoio de nenhuma máquina partidária, foi por uma larga margem o candidato mais votado da Esquerda, o que só por si constitui uma grande vitória. Não conseguiu chegar à segunda volta com Cavaco Silva, mas o seu verdadeiro desafio era contra Soares... e ganhou.



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CAVACO SILVA: 50,6% - VENCEDOR

Cavaco Silva obteve uma vitória esmagadora. Venceu em todos os distritos excepto Beja, e sozinho conseguiu mais votos que os restantes candidatos todos juntos. Se atendermos a que durante toda a campanha os seus adversários dispuseram de cinco tempos de antena para o atacar, e ele apenas de um, poderá concluir-se que Cavaco Silva obteve uma vitória em toda a linha.

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