Parte I

Acto Primeiro – Coelho mostra os dentes

As eleições para o Parlamento Europeu aproximavam-se. A coligação governamental PSD/CDS-PP era acossada por todos os lados. A oposição, porventura esquecida da natureza das eleições, focava a sua campanha na acção governativa. O dirigente socialista Jorge Coelho repetia incessantemente “vamos mostrar um cartão amarelo ao governo!”


Acto Segundo – Oposição toma posição

O resultado do acto eleitoral para o Parlamento Europeu saldou-se por uma estrondosa derrota para a coligação governamental. A oposição em peso exigia a demissão do governo porque “A distribuição dos deputados na Assembleia da República não traduzia a vontade popular, expressa na votação para o Parlamento Europeu”.

... Entretanto, o Presidente da República, sensível a tais argumentos, dissolve o Parlamento e o PS ganha as eleições com maioria absoluta. Meses depois decorrem eleições autárquicas nas quais o PS obtém resultados francamente maus ...



Acto Terceiro – Coelho amnésico e José Trocas-te fazem uma inversão de 180 graus

Jorge Coelho, após o desastre das autárquicas afirma: “Somos coerentes com o que dissemos antes das eleições, estas eleições não reflectem de forma alguma a opinião dos eleitores sobre o governo”. Felizmente para ele, a memória do Jorge Coelho tem o prazo de validade de um mês e já esqueceu a teoria do cartão amarelo ao governo. Já José Sócrates afirmou que os portugueses sabem muito bem distinguir os diferentes tipos de eleições.


Enfim, palavras para quê? Em Portugal, hiPocriSia escreve-se em tons de rosa...