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politicaxix

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16.Abr.05

Base ideológica do Bloco de Esquerda

O Bloco de Esquerda é um partido ideologicamente confuso. Com efeito, a sua matiz ideológica assenta em duas pedras basilares distintas, desconexas e por vezes antagónicas. São elas um “Marxismo lato”, no sentido em que engloba tudo o que apresente vagas semelhanças com as ideias originais de Marx, e um hiper-liberalismo que se estende a todas as vertentes da sociedade, excepto à económica. Este hiper-liberalismo bloquista advoga que tudo deve ser permitido a todos, excepto naturalmente aos que professam pontos de vista discordantes dos seus. O Marxismo lato e o hiper-liberalismo são ambos intrinsecamente inconsistentes e incompatíveis um com o outro. Apesar de tudo, são os dois ingredientes principais da sopa ideológica bloquista. Ingredientes secundários, como que a condimentar, existem três: A demagogia populista, uma intolerância “religiosóide” e o fundamentalismo utópico politicamente correcto. A demagogia populista consiste na realização de promessas manifestamente impossíveis de concretizar e que o BE não tem sequer ideia de como tentar concretizar. Um bom exemplo desta demagogia populista-bloquista é a promessa de reduzir o desemprego quando as medidas propostas pelo BE conduziriam indubitavelmente a um aumento do desemprego. A intolerância religiosóide revela grandes semelhanças com qualquer profissão religiosa e com as ditaduras que marcaram o século XX na Europa. O BE considera-se dono da verdade e não aceita que alguém possa manifestar opiniões contrárias. Um bom exemplo foi dado pelo seu líder vitalício Francisco Louçã no debate com Paulo Portas. Por fim, o fundamentalismo politicamente correcto que defende de forma cega as causas politicamente correctas, normalmente absurdas, utópicas e frequentemente deslocadas da realidade, próprias de quem vive num universo paralelo.
16.Abr.05

Gang toma de assalto a "Casa galega"

casagalega.jpg
"Foi aterrorizante. Entraram como ratazanas. Tudo aconteceu pelas 23h00. Cinco homens pararam o Renault Megane em que iam (roubado no Cacém), nas imediações do restaurante. Quatro encapuzados saíram da viatura, armados com uma pistola e três facas. Quinze pessoas foram assaltadas, ficando sem dinheiro e artigos pessoais."

"A PJ investiga o caso, suspeitando-se que entre os assaltantes possam estar um ou mais indivíduos recentemente saídos da cadeia."
16.Abr.05

Mais um Português assassinado

Nuno Varandas, um engenheiro químico de 34 anos, foi vítima de um assalto e acabou assassinado à porta do prédio onde vivia, ontem (quinta feira). Este caso não se passou na África do Sul mas sim no Bairro dos Poetas em Oeiras. Trata-se de uma urbanização recente e habitada maioritariamente por casais jovens, mas infelizmente com alguns bairros problemáticos nas cercanias.

É de felicitar a comunicação social que tanto barulho faz cada vez que um Português é assassinado na África do Sul ou na Venezuela, mas que omite cuidadosamente a notícia quando o caso se passa em Portugal. Isto com a melhor das intenções, claro: É para não alarmar a população.
14.Abr.05

Evolução

evolucao.jpg
O processo de evolução do Homem faz recordar a Assembleia da República... na Extrema Esquerda temos o BE, aqui representado não se percebe bem se pelo Louçã ou pela Ana Drago (não dá para ver a imagem toda). Ao lado está o PCP, cujo eleitor-tipo é um pouco mais evoluido: as suas mãos já não tocam no chão. Ainda do lado esquerdo está o PS, aqui representado pelo Engenheiro Sócrates de cacete na mão. No centro mas já do lado direito está o PSD, e por fim na bancada mais à direita está o homem moderno em representação do CDS-PP.
13.Abr.05

Criminalidade galopante

O aumento da criminalidade, com particular incidência para a criminalidade violenta, foi o tema do programa Prós e Contras, transmitido segunda feira na RTP 1. A transmissão de um programa sobre este problema, um dos mais graves que aflige a sociedade portuguesa, e em horário nobre é sempre de louvar. Só é pena que, tal tenha apenas acontecido devido à insistência dos responsáveis pelas instituições policiais, e após a morte de três agentes da autoridade no exercício das suas funções num curto espaço de tempo.


Num passado recente aconteceram coisas perfeitamente inimagináveis, que apenas pensaríamos poder ocorrer nos filmes americanos ou em países do terceiro mundo. Comboios tomados de assalto com centenas de passageiros assaltados de uma só vez ou o reconhecimento por parte da polícia da sua incapacidade em entrar em determinados bairros problemáticos, onde na prática a lei vigente acaba por ser a lei dos criminosos, são apenas dois exemplos. A população, como no programa de segunda feira ficou bem patente, sente-se insegura e tem medo de frequentar muitas zonas da grande Lisboa, em especial à noite. Pessoas que se sentem prisioneiras nas suas próprias casas e se refugiam nas zonas mais interiores quando ouvem tiros lá fora. Isto não se passa em Bagdad, mas sim no concelho da Amadora.


Apesar de tudo, a criminalidade continua a ser um tema tabu em Portugal. Com efeito, o tema da criminalidade esteve praticamente ausente da recente campanha eleitoral, tendo o PNR sido praticamente o único partido a aflorar o tema. A razão de tudo isto é muito simples: Falar em criminalidade é politicamente incorrecto, pois a maioria dos crimes são cometidos por toxicodependentes e por minorias étnicas, duas “espécies protegidas” em Portugal. E quando se é obrigado a falar, foge-se sempre ao essencial da questão, como nesta segunda feira aconteceu. As individualidades presentes foram lestas em identificar os chamados “bairros problemáticos” como fonte do problema, mas ficaram-se por aí... Neste país talvez não haja declaradamente censura, mas há seguramente auto-censura.


Um levantamento do semanário Expresso sobre os ditos bairros problemáticos identificou onze destes bairros. Segundo o mesmo Expresso, destes onze, oito são habitados por indivíduos de origem africana, dois por uma mistura de indivíduos de etnias africanas e cigana, e um por diversas minorias étnicas. Ainda assim, os analistas não conseguiram encontrar uma relação de causalidade entre a imigração descontrolada e a criminalidade. E enquanto continuam a brincar ao faz de conta, fingindo que não vêem o que vêem, há pessoas que continuam a ser assassinadas, violadas e assaltadas por bandos de criminosos.
12.Abr.05

Aborto: Direito de escolha às mulheres

Um argumento recorrente usado pelos defensores da despenalização do aborto é o de que “o aborto não é crime”. A este pode somar-se o desejo incessantemente repetido do líder trotskista Francisco Louçã, de que “nunca mais uma mulher seja julgada em Portugal por abortar”.

Mas o que implicam realmente estes, chamemo-lhes, argumentos? Vejamos, se o aborto não é crime, não o será após cinco semanas de gravidez, mas também não o será após nove meses de gravidez, por exemplo no dia imediatamente anterior ao parto. Se o grande educador da classe abortista Francisco Louçã, defende que uma mulher nunca deverá ser julgada por praticar um aborto, infere-se de imediato que também não o deverá ser caso o aborto seja efectuado após nove meses de gestação.

Acontece que um bebé imediatamente antes do parto é em tudo igual a um bebé imediatamente após o parto, com a única diferença que se encontra agora fora do útero materno e sendo alimentado através de amamentação. Portanto, quem usa estes argumentos está de facto a defender a legalização dos homicídios de bebés.

Resta ainda uma dúvida. Uma mulher que dê à luz prematuramente, por exemplo ao fim de sete meses de gestação, estará a ser discriminada visto ter tido menos tempo para efectuar o aborto. Será que a lei deverá ainda conceder a esta mulher dois meses para se desembaraçar do recém-nascido?

Resize of abortadeira.jpgJovem abortadeira manifesta-se em Setúbal contra a limitação da capacidade de decisão das mulheres.

E para terminar, mais uma pequena questão. Com a lei como se encontra actualmente, uma mulher grávida tem à sua frente três opções distintas: Ou leva a gravidez até ao fim, ou recorre a um aborto clandestino, ou desloca-se a Espanha para efectuar um aborto numa clínica especializada. Caso o aborto seja despenalizado, a mulher ver-se-á restrita a duas opções, ou leva a gravidez até ao fim ou efectua um aborto assistido em ambiente hospitalar. Chega-se portanto à conclusão de que, despenalizar a interrupção voluntária da gravidez constitui de facto uma limitação à capacidade de decisão da mulher.
12.Abr.05

Casa dos horrores

Uma leitora do Política XIX disse em comentário ao texto "Oito razões a favor do aborto" que este blog anda a parecer a casa dos horrores... Concordo. Mas quando se fala sobre o Francisco Louçã, Ana Drago e companhia, o que mais poderia parecer senão uma casa dos horrores?
07.Abr.05

Mugabe, o revolucionário

Resize of Resize of Resize of mugaberevol.jpgO revolucionário Robert Mugabe

Robert Mugabe, o revolucionário que liquidou os capitalistas (e a economia) no Zimbabwe não é só amado pelos bloquistas. É também amado pelo seu povo, que agora passa fome à sua conta. A prova disso é a forma clara como mais uma vez conseguiu a maioria dos 150 deputados em disputa nas eleições legislativas da semana passada.

Mugabe, à partida começou logo com 30 deputados, estando a votos os restantes 120 lugares, a ser eleitos num universo de cerca de seis milhões de eleitores. Consta que mais de um milhão de eleitores já falecidos se encontram ainda nos registos eleitorais tendo todos eles votado no actual presidente, mesmo aqueles que este assassinou. Cerca de 300 000 eleitores apoiantes do presidente estavam inscritos nos cadernos mais que uma vez, tendo cada um deles votado diversas vezes. Desta vez tudo correu bem, nem foi necessário colocar homens armados à porta das assembleias de voto para disparar sobre os eleitores da oposição.

A única nódoa nesta brilhante vitória eleitoral foi mesmo o facto dos racistas da oposição e da União Europeia terem protestado por alegadas irregularidades no processo. Mas sabem lá eles o que é a verdadeira democracia...
06.Abr.05

Possível comunicado do Bloco de Esquerda

estrela.gif
O Bloco de Esquerda considera que os jovens e adolescentes são pessoas conscientes e responsáveis pelo que deveriam ter o direito de votar. Deveriam também ter o direito a tomar decisões relevantes para a sua vida, tais como fumar charros ou praticar actos sexuais. O Bloco de Esquerda defende também o direito de cada pessoa à livre orientação sexual, seja com homens, com mulheres ou com crianças. A pedofilia não é crime! Que nunca mais haja homens humilhados em tribunal, forçados a contar pormenores da sua vida íntima, apenas por terem abusado sexualmente de crianças.

O Bloco de Esquerda considera também que se está a dar demasiada importância ao caso de pedofilia na Casa Pia. A Polícia Judiciária em vez de investigar os eventuais actos pedófilos deveria sim proceder a buscas nos sótãos das instalações da Casa Pia, no sentido de procurar crucifixos. Isso sim é verdadeiramente inaceitável, a presença desses símbolos religiosos em instituições públicas como a Casa Pia. A presença dos crucifixos, mesmo que escondidos num qualquer canto obscuro, podem traumatizar as crianças e os jovens para o resto da vida!

E por agora é tudo, antes do ganza break.

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