Para descrever o trotskismo (fonte inspiradora do BE) ninguém melhor que alguém que conviveu de perto com o camarada Trotsky. Refiro-me, obviamente, ao camarada Estaline (fonte inspiradora do PCP). Estaline e Trotsky foram grandes amigos até à morte de Lenine. O pior veio depois.
Os excertos que se seguem são da autoria do camarada Estaline e datam do início dos anos 40, altura em que a polícia secreta soviética ainda não tinha encontrado o camarada Trotsky, o qual se encontrava de visita ao México. Os comentários são meus.
Camarada Leão Trotsky em 1940, pouco antes da visita do KGB
Os nossos camaradas do partido não observaram ainda que o trotskismo deixou de ser uma tendência política na classe operária; que de tendência política na classe operária, como o era há sete ou oito anos, se converteu num bando de sabotadores, agentes diversionistas, espiões e assassinos sem princípios, actuando ao serviço dos órgãos de espionagem de Estados estrangeiros.
Aparentemente os trotskistas não evoluíram muito nos últimos 65 anos.
No passado, faz sete ou oito anos, o trotskismo era uma dessas tendências políticas na classe operárias é verdade que era anti-Leninista e, por isso, profundamente errónea, mas nem por isso deixava de ser uma tendência política.
Anti-Leninistas? Se eu fosse a Estaline tinha mandado esses gajos todos para a Sibéria! Bem, pelo menos aqueles que não andassem fugidos no México!
Podemos dizer que o trotskismo actual, o trotskismo de 1936, por exemplo, seja uma tendência política na classe operária? Não, não o podemos dizer. Por quê? Porque os trotskistas da actualidade receiam mostrar à classe operária a sua verdadeira fisionomia, temem descobrir-lhe os seus verdadeiros fins e tarefas, ocultam cuidadosamente à classe operária a sua fisionomia política, como medo de que, se a classe operária se inteirar de suas verdadeiras intenções os maldiga como pessoas estranhas e os afaste de seu caminho. É isso que explica, propriamente, que o método fundamental do trabalho trotskista não seja, na actualidade a propaganda franca e honrada das suas opiniões entre a classe operária, mas a camuflagem das suas opiniões.
Eis que os trotskistas de 1936 se mostram surpreendentemente iguais aos de hoje. Escondendo a sua verdadeira face à classe operária.
No processo de 1936, como recordareis, Kamenev e Zinoviev, negaram definitivamente que tivessem qualquer plataforma política. Tiveram plena possibilidade para desenvolver a sua plataforma política no processo. Mas, não o fizeram, declarando que não tinham plataforma política. Não há dúvida alguma de que ambos mentiam ao negar que tinham uma plataforma política.
Não há dúvida que os trotskistas de hoje continuam a seguir os métodos dos camaradas Kamenev e Zinoviev.
A restauração do capitalismo, a ruína dos kolkhozes e sovkhozes, o restabelecimento do sistema de exploração, a aliança com as forças fascistas da Alemanha e do Japão para aproximar a guerra com a União Soviética, a luta pela guerra e contra a política da paz, o desmembramento territorial da União Soviética, entregando a Ucrânia aos alemães e o Primorie aos japoneses, a preparação da derrota militar da União Soviética no caso em que fosse agredida por Estados inimigos e, como meio para conseguir esses fins, a sabotagem, o diversionismo, o terror individual contra os dirigentes do Poder Soviético, a espionagem a favor das forças fascistas nipo-germânicas tal é a plataforma política do trotskismo actual, exposta por Piatakov, Radek e Sokolnikov.
Ora aí está, a aliança dos trotskistas com os Fascistas, anunciada pelo camarada Estaline 65 anos antes do ministro das Finanças Bagão Félix fazer o mesmo. Ainda restam dúvidas?
O trotskismo não é uma tendência política da classe operária, e sim, um bando, sem ideias nem princípios, de sabotadores, agentes diversionistas e de informação, espiões e assassinos, bando de inimigos declarados da classe operária, a soldo dos órgãos de espionagem de Estados estrangeiros.
Sábias palavras as do camarada! Um bando sem ideias nem princípios. Nem eu descreveria melhor os trotskistas actuais!