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politicaxix

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04.Abr.07

Uma questão de palas

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O leitor alguma vez ouviu falar em Alcino Monteiro? Certamente que sim. Uma procura no “google” com o nome de Alcino Monteiro produz nada menos que 80.500 entradas. Alcino Monteiro foi um cidadão Cabo-Verdiano assassinado há mais de uma década por um grupo de “skinheads” no Bairro Alto. Desde então tornou-se num ícone dos activistas anti-racistas, lembrado diariamente em manifestações, blogs ou artigos de opinião.

O leitor alguma vez ouviu falar em Gisberta? Certamente que sim. Uma procura no “google” com o nome de Gisberta produz nada menos que 43.000 entradas, e refinando para “Gisberta transexual” produz 13.600 entradas. Gisberta, transexual, toxicodependente, seropositiva, prostituta e imigrante brasileira, foi assassinada por um grupo de adolescentes na cidade do Porto há pouco mais de um ano. Desde então tornou-se num ícone dos activistas de Extrema Esquerda, lembrada diariamente em manifestações, blogs ou artigos de opinião.

O leitor alguma vez ouviu falar em Rogério Canha e Sá. Certamente que não. Uma procura no “google” por Rogério Canha e Sá produz apenas duas entradas. E em Diamantino Monteiro Pereira? Certamente que também não. Uma procura no “google” com seu nome produz também e apenas duas entradas. Ambos se incluem no lote das vítimas mortais, assassinadas pelos terroristas das FP-25.

O leitor alguma vez ouviu falar em Mário Jorge ou Sandro Nunes? Certamente que não. O primeiro foi assassinado no jardim de sua casa por um gang de Africanos que nunca vira, no dia 11 de Junho de 2005. O segundo foi linchado na aldeia do Carvalhal, por um grupo de indivíduos de etnia cigana poucos dias depois. Ambos os crimes foram crimes de ódio, não se tendo verificado qualquer roubo. Estes crimes de ódio, como muitos outros crimes que por aí vão ocorrendo nunca chegaram aos ouvidos das organizações ditas anti-racistas, ou se chegaram, a sua reacção foi a de pedir silêncio à comunicação social.

Assim, não é de admirar que um estudante que se diz historiador, de nome Rui Tavares, e um seu correligionário, de nome Daniel Oliveira,
concluam que o “racismo é uma doença da Direita” ou que os crimes de ódio em Portugal são exclusivos da Direita. De facto, quando se tem umas palas maiores que a pala do Pavilhão de Portugal é normal que se chegue a tal conclusão.

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