05.Jun.06
Paridade: Cavaco Silva trava fúria politicamente correcta
O Presidente da República, Cavaco Silva, vetou a lei sobre paridade, aprovada no parlamento pelo Bloco de Esquerda e pela namorada do José Sócrates. Este veto deixou furibundos os artífices do Politicamente Correcto, mas em boa verdade, Cavaco Silva não podia fazer outra coisa.
Antes de mais, o argumento usado por Cavaco Silva para vetar a lei é válido. Afirmou ele que esta lei constituiria uma limitação para a democracia visto que em regiões mais despovoadas, os partidos mais pequenos não iriam conseguir constituir as suas listas vendo-se assim impedidos por lei de participar em actos eleitorais (a lei vetada exigiria um mínimo de 33% de mulheres na composição das listas).
Ora o que mais enfureceu aqueles que querem ditar o Politicamente Correcto foi que, havendo vários argumentos muito fortes, Cavaco se tenha decido por recorrer a um argumento menor. Fernando Rosas, por exemplo, estava incrédulo pelo facto de Cavaco Silva não ter sequer posto em causa a constitucionalidade da lei. E aqui chegamos ao ponto de partida: Esta lei é evidentemente inconstitucional, tão inconstitucional que até os pequenos ditadores que a querem impor têm consciência disso. A constituição diz que ninguém pode ser preferido ou preterido em virtude do sexo a que pertence, enquanto a lei vetada impunha o género como factor determinante para a escolha. Não há sequer discussão possível sobre a não constitucionalidade da lei.
Mas o mais grave desta lei nem é a sua inconstitucionalidade. É o facto de passar um atestado de incompetência e de burrice ao género feminino. Para os defensores desta lei, a mulher não tem capacidade para competir com o homem pelos lugares, pelo que esses lugares lhe devem ser atribuídos por lei. Dirão que há mulheres competentes para ocupar tais lugares. É verdade, mas essas mulheres chegarão lá por mérito próprio e sem precisar de uma lei que lhes atribua o lugar.
Felizmente para as mulheres, Cavaco Silva poupou-lhes uma humilhação.
Antes de mais, o argumento usado por Cavaco Silva para vetar a lei é válido. Afirmou ele que esta lei constituiria uma limitação para a democracia visto que em regiões mais despovoadas, os partidos mais pequenos não iriam conseguir constituir as suas listas vendo-se assim impedidos por lei de participar em actos eleitorais (a lei vetada exigiria um mínimo de 33% de mulheres na composição das listas).
Ora o que mais enfureceu aqueles que querem ditar o Politicamente Correcto foi que, havendo vários argumentos muito fortes, Cavaco se tenha decido por recorrer a um argumento menor. Fernando Rosas, por exemplo, estava incrédulo pelo facto de Cavaco Silva não ter sequer posto em causa a constitucionalidade da lei. E aqui chegamos ao ponto de partida: Esta lei é evidentemente inconstitucional, tão inconstitucional que até os pequenos ditadores que a querem impor têm consciência disso. A constituição diz que ninguém pode ser preferido ou preterido em virtude do sexo a que pertence, enquanto a lei vetada impunha o género como factor determinante para a escolha. Não há sequer discussão possível sobre a não constitucionalidade da lei.
Mas o mais grave desta lei nem é a sua inconstitucionalidade. É o facto de passar um atestado de incompetência e de burrice ao género feminino. Para os defensores desta lei, a mulher não tem capacidade para competir com o homem pelos lugares, pelo que esses lugares lhe devem ser atribuídos por lei. Dirão que há mulheres competentes para ocupar tais lugares. É verdade, mas essas mulheres chegarão lá por mérito próprio e sem precisar de uma lei que lhes atribua o lugar.
Felizmente para as mulheres, Cavaco Silva poupou-lhes uma humilhação.